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20 de junho de 2021

DESEJOS E SONHOS

 

Desejos e Sonhos


Não sei mais se é sonho ou desejo

Eles visitam a mesma morada

Mas um é sopro, outro é fogo

Num alma avoada

Noutro, o corpo em querer

Assim acordo na madrugada
(em pele suada)

Depois de tanto prazer
(sonho)

Sou este fogo ardente

No sexo erguido
(desejo)

 E nossos corpos em minha mente

Neste mundo perdido

De quem deseja

Me confunde, toda noite

Nas águas deste mar

Entre a calmaria de sonhar

E as águas revoltas do desejar.


Magnus 20/06/2021

15 de junho de 2021

O FIM NÃO PRECISA SER ASSIM

 



O fim não precisa ser assim

Por quê precisamos destruir para acabar?

Há tantas formas de amor, então amar é também libertar-se da prisão das mágoas ou da prisão da negação do fim.

Anos de uma história a dois não podem se resumir a mágoas e a lembranças tristes repetidas à exaustão para acusar o outro.

Não existem culpados, somente vítimas dos obstáculos do tempo que não se soube superar e de repente tudo parece um inevitável caminho para um abismo que nem sequer existe.

O fim não é um abismo, é apenas um caminho a dois que termina.

Temos a opção de transformar os anos de cumplicidade, carinho, dedicação e amor numa forma nova de amor feito de amizade e gratidão ou podemos simplesmente transformar o outro em um inimigo insuportável.

A insuportabilidade está dentro de nosso coração, protegido pela nossa incapacidade de superação e de amar. 

Então temos opção.

Se todas a opções e chances ao convívio foram esgotadas, resta a libertação do outro e de si mesmo com amor, gratidão e, se preciso, compaixão, pelas rugas dos anos, pela juventude e pelo tempo que um deu ao outro.

Certamente deve haver muito mais lembranças boas, muito mais agradecimentos do que mágoas, até porque as mágoas nunca foram feitas para serem guardadas e muito menos para servirem de mote a agressões, vingança ou autopiedade.

O que se é hoje tem os matizes do outro em nossa gama de cores que nos transformou na pessoa que temos em nossa alma.

A dor de partir deve ser menos dolorosa quando os corações se reconhecem gratos pela passagem do outro.

Muito (muito mesmo) do que sou devo a quem caminhou comigo e me ensinou, então estas coisas boas que me fazem um ser melhor não podem macular quem caminhou comigo por causa de alguma lágrima, podem apenas ser motivo de gratidão.

Então sou grato.

Penso que todos devem ser gratos por quem se foi de sua vida e deixou boas coisas em você.

Há tempos de chegar, há tempos de ir. Em todos os tempos há sorrisos e lágrimas, em todos os tempos há dor e amor e, sempre, temos a opção de qual deles iremos guardar e semear.


Magnus 15/06/2021

Hoje não rimei, apenas proseei.

12 de junho de 2021

POEMA APAGADO

 


POEMA APAGADO


Ao ouvido que não quer ouvir

Qualquer poema é vão

Nenhuma palavra verdadeira

Pode chegar ao coração.


Tudo que foi escrito

É eternamente vão

Ao coração desconfiado

Mentira ou verdade, realidade ou ilusão

São versos de um poema

Que já nasceu apagado.


Magnus 12/06/2021



9 de junho de 2021

"IMPRESENTE"


"IMPRESENTE" 


É assim a poesia

Mesmo que não fosse, seria

Musa continua musa mesmo ausente

Não feita ode de amor

Feita dor em coração carente

Na poesia, presente, não ela

Mas a falta que sindo dela. 


Magnus 09/06/2021

1 de junho de 2021

DE TUDO UM MUITO (de bom)

 




DE TUDO UM MUITO (de bom)


Muito mais que "de tudo um pouco"

Há quem seja de tudo um muito

Neste tempo tão louco,

Muita lindeza, alegria

Muita muita muita simpatia

E mais alegria (agora, a de viver)

E de tudo que penso que é coisa boa

Bem querer

Vejo transbordando nela

Como fosse ela uma janela

Para um paraíso em forma de gente

Que tão docemente

Deus colocou em nosso caminho

Como um mimo, um carinho

Para tornar um pouco mais doce este viver.


Magnus 01/06/2021


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