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27 de junho de 2020

SILÊNCIO TEU



SILÊNCIO TEU

Este silêncio teu
Hei de entender
O coração não entendeu
Estás contigo
Mas eu não
Nem contigo
Nem comigo
Estou por aí
Tentando absorver
Este teu modo de viver

Tem tempo
Que passa vento
Sem eu notar
Outro, passa lento
um tormento
Em alto mar

Tem tempo
Que te espero
"dessilenciar"
Hoje só tento
Não desesperar

Magnus 27/06/2020

O AMOR



O AMOR

O amor chegou
Sem que eu pudesse notar
Veio vestido de amigo
Não pediu para entrar
Quando vi
Dei por mim
Já estava aqui
Não veio
Pela estrada da paixão
Era uma amizade
Agora, sei não
É amizade
Cumplicidade
Tesão
De tudo um bocado
De tudo que é bom

Magnus 27/06/2020

26 de junho de 2020

BONITEZA



BONITEZA

Você é uma mulher bonita
Que encanta
Me encanta
Não por ser bonita
Pela boniteza
Quem não sabe
(vou dizer)
Boniteza é uma 
Beleza de alma
Que faz a outra
(de fora)
A gente desaperceber
A boniteza
O tempo faz melhorar
A de fora, 
Faz desfazer
Então
(vou te dizer)
Você é uma boniteza
Que dá gosto de ver

Magnus 26/06/2020

MINHA ALEGRIA



MINHA ALEGRIA

[Ela]
Minha alegria
Anda tão triste

[Eu]
Minha alegria
Você existe

[Eu]
Tudo mais
É tempo
De esperar
O vento
Que fará
Você voltar

[Ela]
Sei o que é pranto
Disso sei tanto
Destino, desencanto

[Eu]
Mas o sol nasce todo dia
E a triste alegria
Vai ser só alegria
Assim como o poeta diria:
Amanhã é outro dia.

Magnus 26/06/2020



25 de junho de 2020

"DESEXISTÊNCIA"




“DESEXISTÊNCIA”

A lágrima por quem se foi
Não apaga o que ela foi

(“desexistência”)
A ausência da presença
Às gotas do tempo
Faz-se o mar da presença da ausência
A tomar-nos como inundação
Então o chorar é vão?
É vão, mas lembrar, não
(a dor) Renascida em saudade
É prova do que fiz
E que fui feliz
(com quem se foi).


Magnus 25/06/2020

23 de junho de 2020

SEMPRE JUNTOS DISTANTES



SEMPRE JUNTOS  DISTANTES
(AMIZADE)

Nem se fosse
No outro lado do mar
Noutro planeta
Em qualquer lugar
Nada nada nada
Pode nos separar

Nem a ausência
nem a impertinência
Do tempo
Que insiste em passar
Nem nada
Pode nos separar

A corrente
Que prende a gente
Que te traz comigo
É o ser amigo
Sempre sempre juntos
Mesmo distantes
Não há longe demais
Nada entre nós, nem idade
Nem tempo, nem jamais
Para a nossa amizade.

Magnus 23/06/2020

ANIVERSÁRIO


ANIVERSÁRIO

O tempo é um presente de presentes
Sem ontem e sem amanhã
É um infinito somar de "agora"
Não há tempo, mas há sementes
Só há sentido no passado
Quando se colhe frutos
Do que foi semeado.

Há frutos do amor
Na mão que se estende
Na semente
Na longa corrente
Do filho do filho do filho do filho
Na longa corrente
Do amor do amor do amor do amor
No final, o verdadeiro presente
O que se tem, o que resta
O que se pode dar
É amar é amar é amar é amar.


Magnus 23/06/2020

22 de junho de 2020

PROVA DE AMOR É FICAR DISTANTE

PROVA DE AMOR É FICAR DISTANTE

Estamos em plena pandemia.

Há coisas que se pode discutir, inúmeras, mas há outras que não estão na esfera do debate de opinião.

A existência da pandemia pelo COVID19 é uma verdade, como é verdade que a terra é redonda. Qualquer outra afirmação contrária a isso é uma mentira, uma imbecilidade, uma ignorância, é tudo, menos verdade.

Este é o campo onde não existe espaço para opinião, ou se aceita a verdade ou se está na fileira dos ignorantes, com a licença de interpretar ignorância pelos dois modos que nossa língua portuguesa permite.

A epidemia tem índice de letalidade alto (entre 1,5 e 5% dos sintomáticos). Estes números são ainda muito incertos, pois a ciência é estudante de primeiro semestre nesta matéria (a epidemia começou em dezembro de 2019).
Já soube de vários casos de mortes pela doença (pessoas próximas).

A comorbidade (fragilidade física de uma pessoa) forma o grupo principal de óbitos por COVID19. A lembrar que a comorbidade colabora com maior número de óbitos até em acidentes, pois a pessoa mais frágil está menos propensa a recuperar-se de qualquer doença ou situação.

Este número que parece baixo de óbitos (menos de duas pessoas a cada 100 ) dá a falsa sensação de que está tudo bem.

Então qual o raciocínio?

Não há lugar seguro, basta um infectado para infectar uma cidade ou uma família (há vários relatos de festas da morte, shopping da morte, balada da morte, cidade da morte).

Demonstrar amor não é ir visitar alguém, é justamento o contrário. Quem visita alguém, principalmente se este alguém estiver em grupo de risco, está se comportando como um irresponsável, um criminoso, um assassino sem armas na mão. Por que alguém faz isso?

Nosso inimigo não é o governante, a autoridade sanitária ou o Juiz, o nosso inimigo é o vírus.

Negligenciar a prevenção é jogar com a vida das pessoas tornando-se um ASSASSINO em potencial. Mesmo que você nunca se contamine, ao ser negligente deu tiros a esmo na multidão ou serviu de alvo, você foi um ente irresponsável e não um cidadão.


Por que arriscar? Não consigo entender isso. E não estou nem falando de quem tem que ir trabalhar (cuja conduta é muito discutível), mas aquele que sai de sua casa e vai visitar alguém do grupo de risco sem necessidade alguma.

É emergência? Não? Então fique em casa.

Ah! mas tenho que trabalhar. Precisa mesmo? Se não for absolutamente necessário, não vá.
Embora compreenda que temos um governo federal irresponsável, que deveria acudir CPF e CNPJ e que boicota, atrasa, cria clima de pânico ao acenar para a fome (que ele deveria combater), o desemprego (que ele deveria combater), a falência das empresas (que ele deveria evitar), porque tem mecanismos legais para isso.

Enfim, sabemos pouco sobre este vírus e nem sabemos quando e como ele vai acabar, portanto, na dúvida, ouça os especialistas e não os idiotas, ouças os estadistas e não politiqueiros, ouça a sanidade e não a loucura e tente ao máximo se isolar, use MÁSCARA e lave constantemente as mãos

Prova de amor é cuidar da sua saúde e daqueles que ama, mantendo-os distantes da doença.

19 de junho de 2020

AMO VOCÊ



AMO VOCÊ

Sinto muito
Pelo que vou lhe dizer
Mas, AMO VOCÊ.

Se não quiser saber
Tampe o ouvido
Faça seu coração 
De desentendido
Não me dê atenção
Passe batido
Mas, senão
Ouça-me com atenção
O medo é uma estrada
Que te leva na contramão
Do amor
Há nada em seu fim 
Mas aqui, não
Aqui há este amor
Por ti, em mim.

Magnus 19/06/2020


DISPARATE


DISPARATE

Um sonho
Uma utopia
Um disparate

Um dia
Talvez um dia
Nunca este dia

Como Saramago diria
Acordar-nos bons
É onde sol não bate
Não é utopia
É disparate

Magnus 19/06/2020



CANTO




CANTO

Estava aqui, no meu canto
Quando a vi: - encanto!!
Fiz um poema, um canto 
E o canto
Para ela me ouvir
Vai que vê meu encanto
E se encanta tanto
Com o canto
Que venha até aqui,
Ao meu canto.

Magnus 19/06/2020


4 de junho de 2020

I de INDECISÃO



I de INDECISÃO

Era quase meio dia
Fui dar bom dia
Mas não sabia
Se dava bom dia
Ou se boa tarde deveria
Se dissesse "bom dia"
Quando você lesse
"A tarde" já seria
Se desse "boa tarde"
Para mim
Ainda seria "bom dia".

Então
Nesta agonia
Usei os dois em ordem invertida
Boa tarde e bom dia.

Magnus 04/06/2020


N de NAU



NAU

(por Magnus Quandt de Freitas)

Para o Sarau literário da AVL - Academia Virtual Literária

tema: meio ambiente

Há duas naus:
O corpo que carrega meu ser
O planeta que abriga o viver

A que capitaneio
Com algum desacerto, me ponho a cuidar
A que navego pelo universo,
Tento
Mas há tanto vento
Que o mastro vai vergar

Quando, afinal
Findar a ode de minha nau
Incerta
A herança que vou deixar
A quem continuar neste mar.

Esta nau interestelar
Sucumbe lentamente ao navegar
De tão pouco cuidar e tanto querer.

É casco sendo lenha

Até não haver nem lenha, nem casco

E nossa passagem um fiasco
Que o universo fará esquecer

04/06/2020


R de Rio



Rio
(por Magnus Quandt de Freitas)

Te vejo, rio
De águas turvas
Concreto leito
De curvas, desfeito
Acolhendo a chuva
Procurando várzea
Para tomar
Há rua, casas, favelas
Naquele lugar

Te vejo, rio
"Desmargeado"
Não serpenteia
Mais no prado.
Imenso intruso
Ninguém te vê
Cortar a cidade
Que matou você.


05/06/2020
Para o sarau literário da AVL



3 de junho de 2020

C de CAMINHO




C de Caminho

(diálogo)

Ela:
A vida é louca
A quem importa,
Foi pouca
A atenção
A fazer deserto
O entorno do coração.

Eu:
Não!
Na há como coração,
Ou razão
Saber se seria,
O que haveria de ser
Se ia ou não ia acontecer.

O que sei é caminho
Este que te trouxe a mim
Como saberia outro fim
Se contigo, se sozinho
E se o destino
Me trouxesse aqui
Sem ti?

O que sei é caminho
Não há um "se"
Há somente o quê
Fez você
Neste exato momento
Estar comigo, eu contigo
De resto, não consigo
Sequer imaginar
Fosse outro caminho
Onde você estaria,
Onde eu poderia estar.

Magnus 03/06/2020

B de Bem



B de BEM
(por Magnus Quandt de Freitas)

FAZER
Me dá
Te dou,
O que vai, vem
A quem faz o bem.

SER
Descobri
Habitando aqui
Você meu bem
Onde mora a felicidade também.

SENTIR
Hoje sou
O que a alma chorou
Aí, quando você vem
E eu fico bem!

DESEJAR
Como vai, meu bem?
Você é tudo de bom
É o bem
Que minh'alma tem.
Quando você vem
Me sinto bem
Aí, a todos desejo
Que também fiquem bem!

Magnus 03/06/2020

P de Pai



P de Pai
(por Magnus Quandt de Freitas)

Olhou para ti
Protetor,
Disse para seguir,
O amor
Um dia serás sozinho
O que ele tem a te dar
É um caminho
E um lugar
Onde se abrigar
Nos dias de dor
Alguém para abraçar
Seja porque for.

Há ele para se ancorar
No conforto de um porto
Seja com qualquer mar

Saiba (se não sabia)
Que os dias

Passarão
Restará saudade e gratidão
(e você sozinho)
No teu caminho.

Abrace, se ainda houver tempo
A vida só tem um tempo,
O hoje.
Não há tempo para se recuperar
A vida é sempre já.


Magnus 03/06/2020

1 de junho de 2020

F de FÉ


F de FÉ


Nem sei o que é
Ou o que vai ser
Não preciso saber
Vou com fé

É apenas confiar
Que seja o caminho que for
Com dor ou amor
Sempre vou chegar.

Se é uma benção,
Gratidão,
Destino ou energia
Psicologia
Lei do retorno, do amor
Ou meu santo protetor
Não sei o que é
Sigo com fé.

Nesta certeza de viver
Mesmo quando se sabe 
Ou não sabe o que quer
Não arredo o pé
Vou em frente
(sempre)
Com a minha fé.

Magnus 01/06/2020

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