SUMIÇO
Um pouco de sumiço
Até aceito, suporto, admito
Tem certo feitiço
Sabor de coisa rara
Gosto de quero mais
Que tira a paz
(mas só um pouquinho)
Aquela justa medida
De ficar sozinho
Tempo suficiente
Entre o querer e o carente.
Mas quando o sumiço
Atravessa aquela linha
Da alma sentir-se sozinha
Não é mais feitiço
É desperdício de viver
Um quase sabotamento do querer
Que vai minando o coração
Num repetir de "não"
Não te ver, não te ter,
Não saber mais nada de você.
Magnus 31/07/2021