Pesquisar este blog

19 de outubro de 2022

A CLASSE

 


A CLASSE
(síndrome de Quico e Chaves)


Vi inveja naquele olhar

Aquele que tem

Invejando o que nada tem


A não ser pela singeleza de sorrir

Como este ninguém

Pode causar inveja a alguém?


É que ela (a inveja) vem

Do medo de que alguém

Queira caminhar pelo mesmo lugar

Que antes era dele (o invejoso)

E de mais ninguém.


Magnus 19/10/2022

Talvez isso explique a origem do ódio social e xenofóbico.

Se isso é de nossa natureza animal, que a combatamos, né?



PANDEMIA



PANDEMIA 


Nem pelo tilintar

Da alça do caixão

Numa morte em vão

De quem cedo se foi pra lá

 

Nem a dor de perder

Um sorriso no caminho

Deixando alguém sozinho

Para sozinho se perder.

 

Não é culpar, não

É só se perceber na solidão

Que podia ser evitada

Não é culpar, não

É negar a negação

E ver o rumo que iria esta estrada.


Magnus 19/10/2022

Guarida

 


GUARIDA


Não, não deixe a tristeza se gabar

A ela, não dê guarida

Há tanta saudade por construir em nossa vida

Que nem sobrará muito tempo para chorar.


Magnus 19/10/2022



4 de outubro de 2022

CARINHO



CARINHO


De tanto caminhar

Decorei o caminho

Então me fiz caminhar

Rodeado de gente (sozinho)


Dai vem você

Que tanto faz caminhar

Cruzando o caminho

De tudo que poderia pedir

Pediu carinho.


É que às vezes não sei

O que é carinho

(saber eu sei, sim)

Mas não sei como dar.

Pode ser um abraço

Um segurar a mão

Um afeto, uma atenção

Ser um oi perdido no dia

Pode ser um olhar

Ou as palavras cantadas em uma poesia


Magnus 04/10/2022





BERBELA



BERBELA *


É que sempre te vi bela

De dentro para fora

Mas agora vi que te aflora

Uma berbela

De fruto azedo e flor

De desesperança, sem cor.


Nunca te vi rancor

Só pureza, só beleza

Porque então tinha que haver

Em ti, esta flor?


Quem escolhe como mentor

O desamor,

Não sabe quem ele é
(o mentor)

Ou não sabe o que é amor.


Magnus 04/10/2022

(descobertas de eleições)

* berbela é uma planta sebosa e espinhosa que dá flor e uma baga de sabor azedo.

COMEÇO, MEIO E FIM



COMEÇO, MEIO E FIM


Um dia, brevemente, fui começo

Noutro, sei não quando, fim

De mim, todo resto

Será meio, recheio

Com ou sem sabor

Se de paixão, paz e amor

Se de ódio, lágrimas e rancor.


Ah, não posso escolher o destino

Mas posso, como fiz desde menino

Tentar ser bom, bom amigo, bom de abraço

Ser ouvido, ser conforto, ser querido


Quero ser outro recheio, não

Quero mesmo, a paixão

Paixão pela paixão

Apaixonadão 

E dos "bão" então, serei recheio

Porque um dia, não serei mais

Nem começo e nem meio. 


Magnus 04/10/2022

Marcadores