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28 de junho de 2017

AS FOMES



Condenada é sua existência
Se não sabes a diferença
Entre fome e merecimento
Qual a pena de se nascer
Em berço miserável?
Desculpa, culpa
Não há lupa
Que te faça ver
Que ninguém pode merecer
fome ...

Fome de quem tolera a fome
É jejum de consciência
Não há decência 
Em quem vomita raiva
Preconceito e intolerância.
Há quem nem saiba que tem fome
(alienado).
É a inanição de humanidade
Que mata a alma e gera a fome.

A fome da ignorância é opção
fome, não

Magnus 28-06-2017


A CULPADA


Tua beleza é culpada
Se te quero
E não consigo
Ser teu amigo
Não fique magoada
Porque este querer meu
Não tens culpa
Nem eu
Não se escolhe desejar
Nem amar, nem desamar
Só acontece como aconteceu!!!

Magnus 28 06 2017


26 de junho de 2017

O ESPELHO



O ESPELHO

O teu espelho não consegue revelar
A mesma beleza que reflete
O espelho do meu olhar.

O olhar do rigor
Não pode enxergar 
O que vê o amor.

Magnus 26/06/2016


DOIS HORIZONTES



Você é parte saudade
Parte algo que não acabou
"tempos bons" de um lado
De outro, algo que sequer foi provado

Tem dias que confronto a saudade
Enfrento a tempestade
Do tempo em mim
Nestes dias, no fronte
Dois horizontes
Um, alcanço, outro, não tem fim.

Magnus 26/06/2017

LOUCURA




Loucura

Você é minha loucura!
Enquanto parte de mim é falta
Outra, é amar
É um sonho
Que só é lindo até acordar

Porque fui te amar?
Sabia que era ilusão
Um pingo de paixão
Neste imenso mar
De esperar.

Me contento com o ópio
De tua rara presença
Depois somos somente eu
E a tola crença
De que teu coração é meu.

Você é loucura
Queria que fosse uma coisa louca assim:
Uma agonia que terá fim
Quando você voltar
... mas para mim
(inteira) você nunca voltará!!!

Magnus 26/06/2017



14 de junho de 2017

Queira


Queira


Queira
Lute de qualquer maneira
Pela esperança derradeira
Coragem, então
Não solte a fieira
Que te leva à paixão.

Não desça a ladeira
Queira
Suba ao cume
Alcance a cumeeira
Teu lume
É o que guia
Na escuridão
Fácil de dia
Coragem, na escuridão.
(triste que a escuridão te levou)

Magnus
14/06/2017
(fiz depois de assistir e escutar Elis)
aí as palavram vêm e surge isso ... 

12 de junho de 2017

Um mais Um


UM MAIS UM

Somos dois ou somos um?
Se pudesse ímpar ser par
Se ocupássemos o mesmo lugar
Se pudéssemos ver pelo outro olhar

Não podemos ... 
Somos dois.

Somos um que ama o outro
E o outro que ama o "um"
Só é teu  o que, sendo meu
Lhe permiti
Só é meu o que, sendo seu
Você me deu

Então somos dois.

Quando fazemos amor
Num beijo, num carinho
Nas mãos que se seguram
Neste único instante e caminho
Nesta brevidade
Somos um
Mas logo depois
Somos novamente dois
Por toda a eternidade.

Magnus 12/06/2017

4 de junho de 2017

Beijo Sonhado



Beijo Sonhado


O beijo que não dei

Deveria ter dado
De fato beijei
E me senti beijado
Com o sabor de um sonho
Um beijo roubado
Que dei
Mesmo sem ter dado.

Magnus
04/06/2017

2 de junho de 2017

HUMILDADE E PERVERSIDADE


HUMILDADE E PERVERSIDADE (TEXTO SEM REVISÃO)

Como ainda podemos, nos dias de hoje, era de tanto conhecimento e tecnologia, admitirmos como normais as desigualdades do mundo em que vivemos?

Precisamos da humildade para reconhecermos nossa enorme ignorância, nossos equívocos e nossa alienação.

Somos, salvo muito rara exceção da qual eu e você certamente não fazemos parte, um exército de egoístas, hipócritas e tolos.

Se há um Deus , se há as filosofias da bondade, se há tantos cultos ao amor, se há uma ideologia comunista, se há uma pregação de fraternidade, e se cada um de nós acredita em um destes caminhos como justo e correto, somos realmente hipócritas.

Estes ideais humanos nos levam ao reconhecimento de que estamos na direção contrária daquele que reconhecemos como o caminho do bem verdadeiro. Reconhecemos os bons preceitos, mas não conseguimos praticá-los.

Se alguém não crê em nada disso, será talvez ainda pior, alienado ou uma pessoa essencialmente má na mais singela interpretação da palavra, porque sequer consegue se enxergar enquanto e apenas uma pequena parte neste universo, que deve reconhecer que o respeito à vida e a viver dignamente é um direito de todos, desde o nascimento até a morte.

Não importa em qual ideal fincamos nossa fé e nossa perspectiva de conduta, a maioria das religiões e das ideologias nos levam ao mesmo lugar, a crer num mundo fraterno, pacífico, de amor, de justiça, de igualdade e de respeito.

O problema é que cada um de nós reconhece tudo isso mas não consegue transformar este reconhecimento em ação, ao contrário, cria uma série de desculpas para se enganar e admitir como justa uma civilização de diferenças tão gritantes.

Construímos um mundo muito injusto. Temos consciência disso. Então como podemos conviver com esta verdade de forma tão indiferente?

Nossa bondade se restringe ao ideal e não sobrevive no mundo real. Transformamos o bem em utopia como uma justificativa para as mazelas com as quais  aprendemos a conviver.

Há fome. Há crianças morrendo no mundo. Há quem se ache dono do planeta. Há quem se ache no direito de explorar as riquezas do planeta para seu próprio beneficio. O interesse econômico se sobrepõe à vida. Estamos destruindo o planeta. Estamos exterminando a fauna e a flora. Estamos condenando milhões de pessoas a pobreza, a doenças e a uma vida indigna e nem notamos mais o que está errado e o quanto erramos. Estamos condenando as futuras gerações a um inferno sem perspectivas ou à própria extinção.

O que é dignidade?

Dignidade é ter direito a saúde, a acesso ao conhecimento e à renda, a morar, a ter lazer e à felicidade, essencialmente.

Queremos dignidade de uma forma egoísta, ao olhar de nosso próprio interesse e felicidade.

Devemos querer a dignidade para todos, respeitá-la enquanto uma necessidade universal.

Devemos respeitar todos os habitantes deste planeta e respeitar o próprio planeta.

Somos todos passageiros por um breve tempo de vida nesta pequena nave cósmica chamada terra. Temos a responsabilidade de manter este planeta sadio para as gerações futuras, mas também temos a responsabilidade de construirmos um ideal de fraternidade e amor.

Não somos bons o suficiente para isso. Sequer somos bons. Apenas conduzimos nossa existência ao bem de nossa própria satisfação, mas nem isso fazemos direito. Nos tornamos seres insatisfeitos e infelizes. Não conseguimos ser bons nem para nós mesmos.

Tudo porque somos piores quando estamos do lado de fora de nossas crenças e ideais. Somos senhores da injustiça, da maldade, do ódio, da discriminação, do descaso, do egoísmo e da alienação. Não somos humildes o suficiente para reconhecermos nossa imensa incapacidade de criar um mundo justo.

É preciso combater cada uma de nossas mazelas para transformar nossa civilização em "humanidade". Somos seres dotados de instintos primitivos de sobrevivência e perpetuação. Somos muito mais suscetíveis a estes instintos do que à fraternidade. Temos lapsos de fraternidade num oceano de egoísmo e vivemos diariamente nos convencendo que somos bons. Não somos, apenas temos esta necessidade de amenizar nosso peso de consciência através destas ilhas de fraternidade.

Mas não podemos nos conformar com esta natureza humana egoísta e perversa. Precisamos construir o mundo da fraternidade, crer que ele pode sobreviver do lado de fora de nossa consciência.

Antes, porém, precisamos da humildade para reconhecer nossa imperfeição e coragem para não aceitá-la como algo normal e cotidiano. Errar não é humano, errar é um "erro" e deve ser evitado.

Há lá fora um mundo abandonado, um planeta agonizante e pessoas famintas de alimento para o corpo, para a alma, para o coração e para a consciência.

Afinal, em qual mundo queremos morar?

Magnus
02/06/2017

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