PARTIDA
Nos abraçam, um dia
Os braços da partida
Os braços da partida
Nesta nave do ser
Em que enclausuramos a vida
A partida é o romper
Da prisão do corpo.
Vai-se um pedaço do tempo
Um fragmento da gente
Para sempre intocável
E tudo que teremos é o sozinho
Caminho de seguir em frente
Em companhia diária da falta
Como única presença
Haverá em tudo
Uma ausência
De tocar, ouvir, olhar, sorrir
Presente, a falta, a saudade
Até virarem reminiscência
Em uma pincelada de cor
Que quem partiu, nos deixou.
Magnus 23/05/2020
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