CENSURADO
Nem tudo é santo e belo
Sob o peito, há um amor singelo
Puro e inocente
Proibido e impertinente
Só porque nasceu fora de tempo
"Destemporal", extemporâneo
Intemporal, lacônico
Neste mar. é litorâneo
Nesta vida, acrônico.
Este amor que ainda nem é
É apenas fé
Ou profecia
Do que haverá de ser, um dia
É virtude divina
E também a própria sina.
Então, como há de ser dor
Como sempre é todo amor?
Se proibido, se não.
Já é seu ônus, o sofrer
E seu bônus, pode-lo viver
Não haveria de ter
Mais penalidade
De tudo, ele (o amor) já é a universalidade
Num só sentimento
Nascimento, vida e morte.
É fado, é sorte.
Então, que Deus, o criador
Que fez tudo, e o amor
E nele, fogo, paixão e dor,
Haveria de perdoar
Se meu coração
Ousasse viver censurada paixão.
Magnus
01/08/2019
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